O que seria o Transtorno do Espectro Autista?
O TEA, ou Transtorno do Espectro Autista, é um transtorno do neurodesenvolvimento, isto é, assim como o TDAH, ele está relacionado a alterações ligadas ao desenvolvimento cerebral, trazendo prejuízo em várias esferas da vida do indivíduo
O termo “autismo” vem sendo deixado de lado devido a variedade de apresentações desse quadro clínico já que os sintomas podem ser diversos, assim como os níveis de gravidade. Hoje em dia, o termo mais correto seria Transtorno do Espectro Autista.
Sobre o Dr. Renan Medeiros
Dr. Renan Medeiros é Médico formado pela Universidade Estadual de Pernambuco, Psiquiatra pela Universidade Federal de Pernambuco e Psiquiatra da Infância e da Adolescência em umas das principais referência no país no datendimento à população pediátrica – O IMIP (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira) – entidade filantrópica, que atua nas áreas de assistência médico-social, ensino, pesquisa e extensão comunitária.
Dr. Renan possui boa experiência com os transtornos mentais tanto da população adulta como das crianças e dos adolescentes, devido a sua atuação profissional nos Centros de Atenção Psicossocial – O CAPS – e nos ambulatórios de saúde mental da população adulta e infantil.
Alguns comentários sobre o trabalho do Dr. Renan Medeiros:
Quais seriam as principais características do TEA?
No TEA, o grande impacto acontece:
- Reciprocidade emocional
- Comunicação verbal e não verbal deficiente
- Relacionamentos interpessoais deficitários
- Rigidez em rotinas e padrões
- Esteriotipias verbais ou motoras
- Interesses fixos e restritos
- Sensorialidade Hipo/hiper-reativa
Reciprocidade emocional: sintoma traz uma grande dificuldade para este paciente conseguir “se colocar no local do outro”, com isso, a capacidade de interação social fica prejudicada de maneira significativa.
É difícil fazer novas amizades e manter as existentes com esta dificuldade em perceber os sentimentos e as emoções das outras pessoas
As famosas “gafes” acontecem principalmente devido a esta característica do transtorno
Comunicação verbal e não verbal deficiente: outro grande prejuízo do TEA está na capacidade do paciente se comunicar, seja de forma verbal, ou não verbal. Em vários casos, há um atraso no desenvolvimento da linguagem e isto acarreta dificuldade na coesão social destes indivíduos.
A linguagem não verbal também é prejudicada, logo, os sinais e os gestos também podem ser mal interpretados por estes indivíduos.
Relacionamentos interpessoais deficitários: por fim, outra característica central seriam os relacionamentos interpessoais deficitários, isto é, a falha na capacidade de formação de vínculos sadios e duradouros com outras pessoas.
É uma característica que costuma trazer intenso sofrimento para amigos e familiares que se esforçam em se vincular de forma afetiva com o paciente que tem suas limitações em expressar seus sentimentos e emoções
Meu nome é Renan Medeiros, sou médico Psiquiatria e tenho experiência em ajudar estes pacientes a melhorarem a habilidade de comunicação social, com o tratamento das comorbidades associadas e direcionamento adequado para os profissionais chaves para a melhora do quadro. No TEA, não existe “receita de bolo”, e a condição precisa ser tratada de forma multidisciplinar, humanizada e individualizada.
Sobre o Dr. Renan Medeiros
Dr. Renan Medeiros é Médico formado pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE), Psiquiatra ela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Psiquiatra da Infância e da adolescência pelo Instituto De Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) – instituições de referência no Brasil.
Sua formação deu subsídios para um trabalho de excelência, tanto com a população adulta como na infantojuvenil.
Por sua experiência em serviços de alta complexidade em Caruaru e Recife, Dr. Renan Medeiros já foi capaz de ajudar milhares de pessoas que sofrem com algum transtorno mental.
Sua abordagem humanística, voltada para o paciente (e não para a doença) é um dos pilares do seu tratamento e tem trazido resultados. Atualmente encontra-se atendendo de forma presencial em Caruaru e de forma remota (atendendo pacientes em vários estados do país.
Alguns comentários sobre o trabalho do Dr. Renan Medeiros:
Outras características “secundárias”, porém, bastante prevalentes nestes indivíduos seriam:
Rigidez em rotinas e padrões: vários dos portadores do transtorno apresenta uma dificuldade na flexibilização das rotinas. Alterações nos trajetos para a escola assim como mudança nos horários da alimentação pode ser encarado como uma verdadeira tortura.
Estereotipias verbais ou motoras: mesmo não sendo um dos sintomas mais importantes, talvez seja uns dos que mais chamam a atenção. Movimentos sem um propósito definido ou repetições de sons sem a finalidade de se comunicar são comuns nestes indivíduos
Interesse fixos e restritos: quem não já percebeu a fixação de um portador de TEA em relação a uma determinada atividade, tema ou brincadeira?
Algumas da criança podem se restringir há um tipo de brincadeira ou brinquedo. Isso traz prejuízo nas interações com outras crianças além de restringir o desenvolvimento cognitivo dos portadores do TEA
Sensorialidade Hipo/hiperreativa: Este sintoma é um dos que mais trazem sofrimento ao paciente. Devido a ele, o barulho pode ser encarado como um tormento, assim como a textura de certos alimentos
Esta última característica pode trazer uma seletividade alimentar importante, resultando em perda ou ganho excessivo de peso e déficits nutricionais
Alguns comentários sobre o trabalho do Dr. Renan Medeiros:
“Os casos de Autismo estão aumentando?”
Esta é uma das perguntas mais frequentes no consultório médico e até mesmo de curiosos. A verdade é que os casos estão aumentando sim, e, a grande razão para isto, é comportamental: As mulheres estão tendo filhos cada vez mais tardiamente e o risco de ter um filho com o transtorno é maior quando as mulheres decidem dar à luz com uma idade superior a 35 anos.
Outros fatores que podem ser importantes para aumento do risco do TEA:
- Genética
A doença tem um componente genético importante, logo, o histórico familiar influencia no risco
- História familiar de Esquizofrenia ou Transtorno Bipolar
- Uso de algumas medicações durante a Gravidez
Por essas e outras razões, prescrição de medicamentos, só por médicos qualificados.
- Exposição a certos tipos de substâncias (mercúrio, cádmio, níquel, cloreto de vinil)
- Prematuridade (Idade gestacional menor que 35 semanas)
- Necessidade de suporte intensivo ao nascer (UTI Neonatal)
- Baixo peso ao nascer (menor que 2,5Kg)
- Ameaça de aborto (<20sem)
Meu nome é Renan Medeiros, sou médico Psiquiatria e tenho experiência em ajudar estes pacientes a melhorarem a habilidade de comunicação social, com o tratamento das comorbidades associadas e direcionamento adequado para os profissionais chaves para a melhora do quadro. No TEA, não existe “receita de bolo”, e a condição precisa ser tratada de forma multidisciplinar, humanizada e individualizada.
Sobre o Dr. Renan Medeiros
Dr. Renan Medeiros é Médico formado pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE), Psiquiatra ela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Psiquiatra da Infância e da adolescência pelo Instituto De Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) – instituições de referência no Brasil.
Sua formação deu subsídios para um trabalho de excelência, tanto com a população adulta como na infantojuvenil.
Por sua experiência em serviços de alta complexidade em Caruaru e Recife, Dr. Renan Medeiros já foi capaz de ajudar milhares de pessoas que sofrem com algum transtorno mental.
Sua abordagem humanística, voltada para o paciente (e não para a doença) é um dos pilares do seu tratamento e tem trazido resultados. Atualmente encontra-se atendendo de forma presencial em Caruaru e de forma remota (atendendo pacientes em vários estados do país.
“O transtorno é comum?”
- Nos Estados Unidos a proporção é de 1 para 44 crianças com menos de 8 anos da idade
- Como dito anteriormente, pais mais velhos aumenta o risco para o TEA
- Os avanços da medicina aumentaram a taxa de sobrevivência dos recém-nascidos prematuros, aumentando assim a prevalência do transtorno
- Mudança nos critérios diagnósticos do transtorno e maior acesso da população ao diagnóstico também favoreceu o aumento
- É mais comum em meninos (cerca de 4x)
É sempre importante lembrar que as vacinas não aumentam o risco para o TEA. Vacine sempre o seu filho!
Alguns comentários sobre o trabalho do Dr. Renan Medeiros:
“É comum o indivíduo com TEA ser portador de outro transtorno?”
Sim, na psiquiatria a comorbidade é a regra, isto é, os transtornos “andam de mãos dadas”. As principais são:
- Deficiência Intelectual
- Epilepsia
- Paralisia Cerebral
- Síndrome de Down
- Doenças psiquiátricas ( Transtorno opositor desafiador, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtorno ansiosos, transtornos de humor, transtornos alimentares..)
Por isto, o Psiquiatra tem um papel fundamental no tratamento dos portadores do TEA, tendo em vista que a doença psiquiátrica é muito comum nesta condição. O tratamento dos transtornos psiquiátricos facilita adesão do paciente ao acompanhamento multidisciplinar e diminuem o prejuízo/sofrimento do paciente e dos familiares.
“É possível realizar o diagnóstico precocemente?”
Sim, é possível. E quanto mais cedo o diagnóstico, mais rápido é a intervenção e menor é o impacto do transtorno no indivíduo pela melhora na funcionalidade e independência
Existem alguns sinais que podem ajudar na suspeita do transtorno:
- Não responder ao nome
- Movimentos repetitivos
- Desvia de olhares
- Não compartilhar os feitos (“Olha mãe!”)
- Interesse inesperado em objetos não lúdicos
- Prosódia anormal – emprego correto da acentuação tônica das palavras
- Não responder ao gesto de apontar
- Dificuldade em mostrar interesse ou satisfação
Alguns comentários sobre o trabalho do Dr. Renan Medeiros:
“Doutor, como é feito o diagnóstico?”
O diagnóstico do TEA é clínico, isto é, não é necessário a solicitação de exames de imagem, laboratoriais ou de testes neuropsicológicos.
No entanto, em alguns casos, se faz necessário a solicitação de exames para descartar outras causas para os sintomas e para esclarecer possíveis doenças associadas ao TEA (lembrar sempre que a comorbidade é comum).
O teste neuropsicológico, embora não seja necessário para o diagnóstico correto, é útil para identificar as principais dificuldades apresentadas pelo indivíduo com o transtorno, o que ajuda no direcionamento do tratamento.
“E o tratamento do TEA?”
O tratamento, como dito anteriormente, é multidisciplinar, isto é, vários profissionais como psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, fonoaudiólogos fazem parte do arsenal terapêutico.
O indivíduo com TEA não necessariamente vai precisar de todos estes profissionais. O primeiro passo é o diagnóstico correto e, a partir das necessidades do paciente, o direcionamento mais adequado é realizado.
O objetivo do tratamento é tentar diminuir o impacto dos sintomas na vida do paciente e dos cuidadores. Para isto, é preciso personalizar o tratamento, entender o contexto em que o portador do TEA está inserido e capacitá-los para aprimorar a independência.
Integrá-los à sociedade é outro aspecto fundamental da terapêutica. Com terapias individualizadas, estruturadas, planejadas, com a participação de profissionais de saúde, escola e pais é possível melhorar de maneira significativa a vida destes pacientes.
O tratamento medicamentoso é voltado para os sintomas, isto é, não tem o objetivo de curar o transtorno. Com ele, é possível aliviar os prejuízos e o sofrimento de todos os envolvidos. Além disso as medicações também são úteis no tratamento das doenças associadas que podem piorar os sintomas do TEA.
Alguns dos sintomas psiquiátricos muito associado ao TEA que são controlados com a medicação são:
- Irritabilidade
- Desatenção, hiperatividade e impulsividade (em caso do TDAH associado)
- Insônia
- Pensamentos obsessivos, rituais repetitivos (O transtorno obsessivo/compulsivo pode ser uma doença associada muito comum
Meu nome é Renan Medeiros, sou médico Psiquiatria e tenho experiência em ajudar estes pacientes a melhorarem a habilidade de comunicação social, com o tratamento das comorbidades associadas e direcionamento adequado para os profissionais chaves para a melhora do quadro. No TEA, não existe “receita de bolo”, e a condição precisa ser tratada de forma multidisciplinar, humanizada e individualizada.
Sobre o Dr. Renan Medeiros
Dr. Renan Medeiros é Médico formado pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE), Psiquiatra ela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Psiquiatra da Infância e da adolescência pelo Instituto De Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) – instituições de referência no Brasil.
Sua formação deu subsídios para um trabalho de excelência, tanto com a população adulta como na infantojuvenil.
Por sua experiência em serviços de alta complexidade em Caruaru e Recife, Dr. Renan Medeiros já foi capaz de ajudar milhares de pessoas que sofrem com algum transtorno mental.
Sua abordagem humanística, voltada para o paciente (e não para a doença) é um dos pilares do seu tratamento e tem trazido resultados. Atualmente encontra-se atendendo de forma presencial em Caruaru e de forma remota (atendendo pacientes em vários estados do país.
Alguns comentários sobre o trabalho do Dr. Renan Medeiros:
Conclusão
O TEA é uma das doenças do neurodesenvolvimento mais estudadas da atualidade. Muito já se descobriu sobre o transtorno, porém, ainda existem vários questionamentos em aberto.
O transtorno não tem cura, é verdade, mas muito pode ser feito para minimizar o impacto dos sintomas na vida do indivíduo.
É possível construir uma vida repleta de significado com estes pacientes, com a ajuda dos profissionais da saúde, a escola e os pais.
Em caso de suspeita da doença, procure um profissional habilitado para o diagnóstico ser feito da maneira mais precoce possível.
Uma resposta
Fiquei impressionada com tanto esclarecimento sobre o assunto. Como é útil todas essas informações sobre o TEA. Quantas mães precisam de informações corretas como essas para ajudar seus filhos Autistas. Parabéns ao Dr. Renan.